Cirurgia Videolaparoscópica

Cirurgia Videolaparoscópica

A Cirurgia Laparoscópica, também chamada de cirurgia minimamente invasiva, surgiu no início do século XX, mas ganhou força na década de 90 com o desenvolvimento da Colecistectomia laparoscópica e de procedimentos progressivamente mais complexos. Atualmente são poucos os procedimentos que não são viáveis com o emprego desta tecnologia.


Vantagens da cirurgia laparoscópica:
 - Incisões menores reduzindo a dor no pós-operatório e oferecendo uma cicatriz com resultado estético melhor. Além de reduzir as complicações da ferida operatória como hérnias e infecções.
 - Menor tempo de internação.
 - Retorno precoce às atividades normais.
 - Menor sangramento, reduzindo as chances de necessidade de transfusão sanguínea.


Cirurgias realizadas por Videolaparoscopia:

- Videolaparoscopia diagnotica: É a cirurgia para avaliação da cavidade abdminal e pelve, geralmente quando ainda não se tem um diagnóstico confirmado.

- Colecistectomia: É a retirada da vesícula biliar.

- Funduplicatura: É a cirurgia utilizada para tratamento da Doença do refluxo gastro-esofágico.
Apesar de existirem vários tipos desta cirurgia, ela basicamente consiste na correção de uma eventual hérnia do estômago para dentro do tórax e a confecção de uma válvula no ponto em que o esôfago se liga ao estômago, permitindo que a comida passe para o estômago mas não possa voltar para o esôfago.

- Herniorrafia: Cirurgia para correção de hérnias; inguinal, femural, incisional e outras. Normalmente envolve a colocação de uma tela, que vai reforçar a parede abdominal.

- Apendicectomia: É a retirada do apêndice cecal, normalmente por apendicite (infecção do apêndice). É uma estrutura praticamente sem função no ser humano, que fica no início do cólon (intestino grosso) e sua retirada não causa nenhum prejuízo. É uma das cirurgias mais comuns em pacientes jovens

- Ooforectomia: É a retirada do(s) ovário(s).

- Histerectomia: Cirurgia para a retirada do útero. Pode ser realizada a retirada de trompas e ovários na mesma cirurgia.

- Colectomia: Cirurgia em que se retirar um segmento do cólon (popularmente conhecido como intestino grosso).

- Retossigmoidectomia: É a retirada do reto (parte terminal do intestino) e parte do cólon.

- Linfadenectomia: É a retirada dos linfonodos (gânglios linfáticos ou “ínguas”) de uma determinada região.

- Gastrectomias, enterectomias, cirurgias do tórax e outras.


Risco de conversão para cirurgia aberta:

     Toda cirurgia laparoscópica tem um risco de conversão. A taxa de conversão varia conforme a experiência do cirurgião e sua equipe, a qualidade do material utilizado, e as características do paciente e sua doença.
     Algumas causas podem levar o cirurgião a necessitar parar a cirurgia laparoscópica e realizar uma incisão para continuar a cirurgia pela chamada via aberta ou convencional. Desde a existência de grande quantidade de aderênicas, falha do equipamento, complicação durante a cirurgia que não possa ser corrigida pela via laparoscópica, até um problema de saúde do próprio paciente (ex.: Doença pulmonar em que a distenção do abdome compromete a respiração do paciente.) podem exigir a conversão para a cirurgia aberta. Felizmente, a taxa de conversão gira em torno de 1 a 5%, podendo ser até menos em alguns procedimentos mais simples.

    Por isso, a conversão para cirurgia aberta não é considerada uma complicação e sim uma mudança da estratégia cirúrgica, que visa garantir a segurança do paciente.